Da Economia Material à
Economia Informacional: Novos Desafios para a Administração
Ensaio
Adm.
Jovino Moreira da Silva, M. Sc.
APRESENTAÇÃO*
Fazia um ano (1996) que tinha concluído o
mestrado em Administração com a dissertação: A Administração Estratégica e a Visão Empreendedorial no Processo de
Crescimento e Desenvolvimento Industrial – Um Estudo de Caso. As
experiências vividas em cinco anos viajando para Belo Horizonte, inicialmente,
a fim fazer o curso de pós-graduação LS na PUC/BH e, em seguida, frequentar o
curso de mestrado presencial na UFMG, contribuíram muito para o aprendizado e
para ampliar a rede de amigos e colegas que ganhei naqueles períodos.
O retorno à sala de aula nos cursos de graduação
permitiu-me aplicar o que aprendi e a compartilhar os conhecimentos adquiridos,
bem como a me entusiasmar para a elaboração de projetos para pesquisa e a
construção de textos e artigos e aplica-los junto aos alunos.
Nas minhas andanças pelo Sudoeste e Oeste da
Bahia, ao fazer uma das muitas arrumações em papéis e livros durante uma das
minhas paradas, achei este texto de 1996, portanto 21 anos após o retorno às
aulas, que representou o primeiro material impresso em forma de breviário para
uso e discussão de alunos e colegas do curso de Administração.
O texto tem como título: Da Economia Material à Economia Informacional: Novos Desafios para a
Administração, impressão de 1996, como parte das atividades que resultaram
na criação do NEPAAD – Núcleo de Estudos e Pesquisas Aplicados à Administração.
O núcleo tinha como objetivo (entre outros) incentivar e estimular os colegas a
fazerem projetos de pesquisa e extensão bem como a escreverem artigos, ensaios
e livros, o que, infelizmente, não era bem o que eles queriam e, por isso, o
projeto de editoração ficou neste primeiro e único ensaio.
Porém não desanimei e, ainda que sozinho
organizasse e dirigisse o núcleo, continuei provocando os colegas e alunos,
desta vez criando uma revista acadêmica, uma das primeiras criadas na UESB –
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia: os Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas que, felizmente, continua
ainda a ser editada pelos colegas que assumiram o NEPAAD, alguns deles
ex-alunos agora na condição de professores e com títulos de pós-graduação. Já
estamos com mais de 12 números editados e colocados à disposição dos
profissionais, acadêmicos, professores e pesquisadores locais, regionais e
nacionais. Isto me alegra, me anima e me entusiasma.
E foi com base neste entusiasmo que resgatei e
passei a reler o ensaio que escrevera há 21 anos. Senti-me como se estivesse
escrito recentemente quando identifiquei no texto linhas de ideias e
proposições que penso serem ainda atuais e válidas, além do que o título também
não perdeu o seu valor diante do que se tem produzido no país e em várias
universidades mundo afora.
Diante de este olhar atual sobre um estudo do
passado, resolvi fazer um reestudo e uma revisão de conteúdo para atualiza-lo e
disponibiliza-lo para os colegas e alunos reviverem comigo as ideias que foram
escritas no alvorecer das mudanças que vieram a ocorrer no campo da tecnologia
e informação, economia e administração. Foi um grande desafio reescrever um
breviário que já se encontra esgotado. Além de algumas correções textuais, fiz
uma revisão de minha tese original que havia ilustrado através de quatro
estágios relacionados com dois polos ou variáveis: conhecimento e senso comum,
a envolver o que chamei de quatro macrorrevoluções
socioeconômicas que promoveram o desenvolvimento humano no planeta até
aquela década.
Também aproveitei para acrescentar outros
capítulos nos quais procuro mostrar novas ideias aplicadas ao tema e aos novos
momentos de utilização plena das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação),
tema que já discutia nos tempos de mestrado e que continuei a expressar em
aulas de algumas disciplinas, como a Administração Brasileira. Trata-se esta de
uma disciplina que sugeri introduzir no currículo do curso da UESB, a
contragosto de alguns dos meus pares, para provocar a criatividade no sentido
de um estudo mais aprofundado sobre o estilo do brasileiro administrar seus
negócios.
Espero que a atualização deste texto possa
contribuir para discussão, análise e aprendizagem dos alunos dos cursos de
graduação e provoque nos colegas e profissionais o estímulo a críticas
criativas bem como também a pesquisarem mais, escreverem e publicarem suas
ideias para melhorar ainda mais o desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos
das instituições locais e brasileiras.
(*) Apresentação
para a edição do livro
Vitória da Conquista, 2018