L.I.D.E.R. Ideias e Princípios

L.I.D.E.R. Ideias e Princípios
Imagem da Capa do Livro

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MAIS UMA VEZ O “ERRO BRILHANTE” DA NATUREZA

É interessante como às vezes um tema gera debates produtivos e improdutivos. Em alguns casos mais improdutivos do que produtivos quando não acrescenta nada em termos de conhecimento e nem mesmo de dúvidas (?) como base para a aprendizagem.

É o que acontece quando lançamos um tema discutível e discursivo como este que trata de nossa própria formação considerando o contexto dos Quatro Elementos ou dos Quatro Grandes Vetores que completam o Ser Humano, como sejam: Espírito, Corpo, Emoção e Mente ou, pelo formato grego: Noosfera; Hilosfera: Biosfera e Logosfera.

Devido à nossa maior concentração de experiências aprendidas por imitação e, embora em menor escala, por criação, temos uma tendência interessante de ligarmos nossa formação material de imediato a poderes divinos seguindo uma base tradicional, conservadora de “acreditar” que uma força poderosa é responsável por tudo o que somos e o que fazemos.

É o tipo de discussão que sempre vem à tona quando estamos lidando com a evolução do Homem, seja em sentido material, seja em sentido cultural. Disto surgem as idéias que atribuem a nossa condição atual a uma regra de evolução ora divina, ora natural.

Para mim, qualquer dessas vias de evolução é interessante porque o que defendo como “erro brilhante da natureza” pode ser sustentado por ambas. A via divina defende que o homem nasce de uma luz que se faz por obra e graça do Espírito Santo e se consolida na forma de dois seres que habitam um ambiente natural, puro, sagrado e imutável ou completo, até que ambos resolvem provar de uma árvore que representava a Sabedoria.

Esta atitude os leva a perder o caráter de imortal e, para sobreviver têm que realizar trabalhos que até então não eram parte de suas vidas. Em outras palavras, enquanto não conheciam ou tinham acesso à Sabedoria aqueles dois seres se sentiam como animais completos naquele ambiente natural.

Portanto, ao nascer para a Sabedoria eles se tornaram seres inconclusos, embora esta via religiosa não interprete assim. Interessante nesta discussão é que a palavra religião que dizer, justamente, isto: re-ligar e isto implica que, não estando efetivamente ligado, o indivíduo esta incompleto sendo preciso, enfim, Conhecer ou Saber para conseguir re-ligar-se a fim de sobreviver no mundo.

Assim aconteceu, por esta via divina, com os nossos antepassados primitivos quando conseguiram ficar em pé e usar com eficiência criativa as mãos. E foi pelas mãos que o homem colheu aquela maçã que o fez saber-se um ser inconcluso. Até aquele momento ele não sabia que possuía uma ferramenta poderosa que lhe foi ofertada pela natureza, apesar de esta natureza não lhe ter criado como um animal completo como os demais.

Aqui começa a outra via de discussão, a qual não é aceita pelo grupo da evolução divina. Ao descobrir as mãos como uma importante ferramenta, aquele ser primitivo começa o seu ciclo de evolução no sentido de busca da Sabedoria cuja árvore está dentro de si mesmo e não em um paraíso.

O processo de hominização e humanização tem seu inicio na descoberta das mãos com o que foi possível melhorar o nosso cérebro em sua utilização não somente como equipamento de proteção, mas como um brilhante equipamento de criação. A partir deste momento os demais equipamentos de sobrevivência, tais como o sistema nervoso autônomo que era usado apenas para mantê-lo fisicamente vivo; os sentidos que eram usados apenas por impulso derivado do primeiro sistema e outros elementos orgânicos começaram a sofrer mudanças fantásticas.

Entre estas mudanças está a capacidade que ganhou o cérebro de decodificar o que os olhos percebiam e observavam como informações que até então eram usadas para fins de defesa e passam a ser utilizadas além dessa necessidade de segurança. É o começo do Pensar ação esta que é resultado da evolução da capacidade de perceber e de observar. Isto pode ser visto normalmente através do desenvolvimento de uma criança.

Assim, nosso cérebro como principal equipamento de nossa incompletude começa a buscar caminhos que possam nos levar a sermos seres completos e tudo começou com a percepção da importância das mãos como ferramenta de criar ferramentas. Se nisto existe algo de divino somos todos gratos. Se se trata de uma evolução natural, também somos gratos.

O importante, nisto tudo, é que ainda não conseguimos a desejada completude e continuamos nossa jornada no sentido de, algum dia, completarmos efetivamente nossos Quatro Elementos, tornando-os harmoniosamente equilibrados e, assim, pagarmos o tributo que devemos à mãe Natureza e a nosso Planeta.