SOBRE CRISES E TURBULÊNCIAS
Quando
termina o trabalho de um bom líder, as pessoas dizem "Nós mesmos
fizemos".
Lao-Tzu
Relendo as mensagens e artigos que publiquei no Blog http://jovinodash.blogspot.com, encontrei um tema que deve ser relido
de vez em quando a fim de alertar nossa memória de curto prazo. O tema é
sobre crises e turbulências no mercado, na administração, na política e na
própria cultura dos países e comunidades socialmente organizadas. Coletei
apenas a segunda parte deste tema para reprisar aqui. Se o leitor desejar
ler as demais partes pode visitar o Blog clicando no link acima.
Vale salientar que estamos atravessando uma das piores crises de
competência em sentido político e administrativo, senão também econômico e
ecológico enquanto a mídia controlada pelo estado continua apenas noticiando o
que interessa às velhas raposas políticas que domina o poder do país,
independente da ideologia partidária que assuma o controle executivo de nossa
administração pública. Por isso precisamos estar sempre realimentando a curta e
volátil memória dos colegas e dos leitores reeditando textos e divulgando
ideias que podem nos ajudar a Pensar. Estamos em plena campanha política,
gastando os recursos escassos do estado e jogando para debaixo do tapete da
incompetência os problemas críticos relativos a saúde, educação, logística,
ônus tributário excessivo, violência de adolescentes, e outros casos que passam
a ser descasos quando se trata de alcançar uma reeleição.
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Aproveito para reeditar esta parte do artigo convidar os leitores para,
seriamente, apreciarem a possibilidade de não reeleger ocupantes de caros
legislativos e executivos que estão fazendo vista grossa para a depredação da
economia, do projeto de reorganização econômica e social que se tentou fazer e
que está sendo redirecionado para a permanência no poder de políticos que não
estão preocupados com o futuro do país.
A figura acima é um selo para alertar e lembrar que devemos nos opor à
reeleição daninha que vem atrofiando o desenvolvimento socioeconômico do país.
Vale a pena pensar nisto sem qualquer emoção negativa e sem qualquer paixão
ideológica desenfreada. Não estamos sendo anti-ideológico. Apenas estamos
tentando resgatar uma Utopia Positiva e Criativa para que nossos descendentes
não digam que nossa geração foi incompetente, improdutiva, não-criativa, e
desligada dos problemas que se acirram hoje e que terão maiores reflexos (e
negativos) amanhã. É sugestivo reler (ou ler para aqueles que estão visitando
agora o site) a Parte III deste artigo.
Este assunto sobre a crise
socioeconômica que está a suceder no mundo é muito interessante e tem servido
para a criação de inúmeros artigos. Todos os sites relacionados com
Empreendedorismo, Economia, Finanças, Gestão, Administração que tenho visitado
apresentam artigos de autores conhecidos, desconhecidos, de CEOs a professores
e acadêmicos. Nos Blogs, o assunto que rola é crise, quebradeira e outros fatos
relacionados com o (pseudo) fim do capitalismo. Não era minha intenção ampliar
este debate com ideias que tenho defendido sobre a incompetência gerencial
pragmática (que está mais recheada de gestão que de administração) de
economizar e manter a margem de lucro utilizando a já batida solução de demitir
pessoal. Interessante que o empresário capitalista pragmático lucra com os
esforços e energias do trabalhador ou com a sua demissão nos momentos de crise.
Pela minha ótica administrativa
dever-se-ia demitir, primeiro alguns chefes e extinguir o departamento de
Recursos Humanos e criar o de Desenvolvimento
de Sistemas Humanos, bem como mudar totalmente o departamento de Marketing
para Departamento de Engajamento de
Clientes com um dos principais propósitos de convidar os clientes para
administrar suas próprias compras. Aliás, as grandes indústrias são as empresas
que mais demitem pessoal em momentos de crise o que prova que tamanho não é
documento para definir competências administrativas. E são as que mais ganham
com as crises. Os valores ou índices que divulgam para expressar queda de
lucros e outras ocorrências empresariais, nem sempre representam a realidade
contábil-financeira da empresa.
Estou concluindo a leitura do
livro Você Está Louco!, de Ricardo
Semler, que comentarei no Blog Diálogos para o Futuro, e seria sugestivo que
empresários, políticos, professores e estudantes de Administração, Economia e
Contabilidades lessem este livro. Creio que os empresários, em especial de
médias e grandes corporações, teriam uma boa oportunidade de fazer benchmark
com algumas das ideias e práticas administrativas de Semler.
Volto a minha discussão sobre os
abalos sísmicos que vêm acontecendo nas organizações para reforçar minhas ideias
de uma Administração Estratégica
Tectônica (ADETect) não apenas porque o momento é propício diante das
evidências de fechamento de mais um grande Ciclo K (de Kondratiev) da economia
glocal, mas porque penso que as técnicas desta metodologia são para qualquer
ocasião mesmo que se esteja em estado de calmaria ou de bonança.
As ideias que estou desenvolvendo
sobre a ADETect tomam como referência as geociências, o que não é nada especial
uma vez que, atualmente se fala muito em DNA de negócios tendo como inspiração
as biociências. Aliás, vira e mexe e a Biologia é parceira da Administração em
muitos temas e até princípios gerais de administração, como foi o caso da TGS
(Teoria Geral dos Sistemas).
Já usava a ADETect em minhas
atividades profissionais, porém sem estabelecer uma codificação ou uma
terminologia, ou mesmo escolher uma metáfora, que explicasse cada ação para
tomar decisões, em especial no ambiente de negociações de compra ou em ambiente
de conflito funcional. Como consegui crescer em termos de conhecimento e
aprendi muito nessas várias décadas de trabalho, acabei descobrindo que
ocorrências como as crises e as turbulências socioeconômicas se assemelhavam às
turbulências que ocorrem no Planeta e nas Galáxias (embora em sentido micro ou
nanocósmico). Nas geociências são denominadas entre outras de terremotos,
furacões, tsunamis, etc. Todos esses fenômenos terrestres ou galácticos têm um
foco que, no caso da tectônica de placas, foi chamado de epicentro.
Pois bem, o que proponho em meu
trabalho é justamente a localização dos epicentros relacionados com os
fenômenos ou evidências administrativas (ou organizacionais) como ponto de partida
para a solução de problemas. Por exemplo, dentro das grandes empresas podem
existir vários epicentros para vários tipos de fenômenos ou várias evidências
administrativas. Igualmente, as empresas podem ter seus transtornos,
turbulências, tsunamis devido a epicentros que estejam fora, no ambiente
estratégico externo.
Nas pequenas empresas os
epicentros internos são poucos e facilmente detectáveis, para a felicidade dos microempresários,
o que se pode perceber pelo número de demissões que é bem menor nas pequenas
empresas em comparação com as grandes empresas. Para começar a manter uma
linguagem mais sociável vou chamar de organocentro
o ponto ou lócus de evidência dos organomotos e econocentro e sociomotos, sociocentro,
os fenômenos e evidências de turbulências que acontecem no ambiente externo.
Você pode aludir que se demite
mais nas grandes empresas devido ao tamanho e ao grande número de
colaboradores. Pode até ter sentido sua alusão, mas penso um pouco diferente
quando avalio a partir dos princípios da ADETect. Considero a questão
tipicamente de baixo grau de competência administrativa em lidar com o
elefante. No caso da pequena empresa você está lidando com uma cotia ou um
tapir. Através da Administração Tectônica o que proponho é estudar vários organocentros dentro da empresa e não
se prender a apenas um ou dois, como no caso a folha de pagamento ou os números
da contabilidade estática.
Na crise, além de ser criativo e
inovador, o empreendedor deve ser racional também, e neste caso destrua o
organograma, esqueça os níveis hierárquicos, acabe com as chefias e gerências e
passe tudo isto para o pessoal de chão de fábrica. Administre sem Gerentes. Crie várias micro ou pequenas empresas
dentro de sua empresa (pequena ou grande): uma para cada organocentro onde se
evidencie a possibilidade de um movimento
organossísmico. Este é o momento de você mostrar que é Administrador e não
meramente um gestor de atividades e especializações baseadas no passado. Além de Ser Empresário seja Empreendedor.
E use a epígrafe como sua missão ou parte dela.
Pão, Paz e Liberdade
Antes de imprimir pense no Meio
Ambiente e nos Custos
Educação: a resposta certa ao trabalho infantil (OIT)
Por uma sociedade cooperativa e
mais educada
Vamos colaborar com os ODM e com
as Metas Educativas 2021.
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